Skip to content
IBERIANA
Menu
  • Extremadura
    • kultur
    • økonomi
    • kristendom
    • fritid
    • mad og drikke
    • musik
    • Film
    • Sport
  • Portugal
  • Em português
Menu

Um café em Copenhaga

Posted on 8. April 201718. November 2021 by mail@casaeva.dk


Na livraria LeYa em Viseu este livro saltou à vista de nós dinamarqueses. Comprei o livro, e agora gostaria de partilhar a minha leitura com vocês.

SINOPSE
O narrador, Álvaro, conta a vida dum colega de juventude, o Castro. O Álvaro é de classe baixa, o Castro da media burguesia do Porto. Conhecem-se na faculdade de economia, em 1968. São adversários políticos, o Álvaro é anarquista, o Castro é conforme com o sistema, católico praticante, anticomunista. Aspira a ser ministro das Finanças. Os dois fogem do serviço militar, para França.

No primeiro capitulo, Álvaro conta a situação do Portugal de 1970. Fechado às noticias do mundo e com a sangria dos jovens pelas guerras do Ultramar.
Nas ferias do verão de 1970 Álvaro vai com o Castro passar uma bela semana na quinta da sua mãe na Beira Alta. Façam campismo com Laura, a namorada de Castro. Laura engravida e como participa numa manifestação fica presa politica.

A finais de Fevereiro o Castro fugi, deixando a noiva presa com um bebé no ventre. O Álvaro ajuda o Castro para fugir. Perto da Fronteira com Galícia um agente da PIDE toma notas dele e isso faz que o Álvaro não possa renovar o adiamento da incorporação ao serviço militar. Então o Alvora tem de juntar-se ao Castro, e ele também vai para Paris. Não obstante, o Castro decide ir para Dinamarca onde acredita que seria mais fácil viver que em Paris.

Na estação do Norte em Paris o Castro olha uma rapariga com quem comparte a viagem porque o ex-marido, Francisco, não vem como acordado. Sofia é portuguesa, está a divorciar-se, vai a Roskilde onde vive como refugiada. Explica que o Francisco decidiu emigrar para Dinamarca para preparar a revolução desde fora. Deixou a Sofia grávida, e antes de fugir, casou com ela pelo civil, sem informar as famílias burguesas. Como a mãe de Sofia ameaça com regime interno, ela vai a Dinamarca para procurar o Francisco; mas ele exige-lhe um aborto. Ele agride-a, e a Sofia obtém a protecção do Sistema dinamarquês. As autoridades ameaçam a Francisco com deporta-lo e pressionam-no a divorciar.

A Sofia obtém asilo, cursos de dinamarquês e trabalho, creche para a filha e a simpatia da comunidade portuguesa de Roskilde. Um dia vai a Lisboa onde deixa a menina com os avós.

No comboio, o Castro conta para a Sofia que em Paris ele morou com Baptisto, um amigo dum outro amigo, Bastos. O Castro consegue trabalho numa cozinha, e arranja um quarto de criada para viver sozinho. Encontra uma rapariga, Rosalie, com a que estabelece uma profunda amizade, embora teme que ela seja espia da PIDE. Mas um dia ela desaparece, e dois policiais franceses detêm o Castro, que aprende que a Rosalie era Maria, uma terrorista basca. O Castro consegue provar que não sabia nada sobre a verdadeira identidade dela, mas a policia ameaça com entrega-lo à PIDE ou ao exército Português.

Por isso, Castro decide ir para o Norte. No comboio, a Sofia oferece-lhe a sua casa de Roskilde. O Castro conta-lhe sobre Laura e a sua fuga para França. Ela acompanha-o ao serviço de estrangeiros para obter o status de ”refugiado” como ela tem. O Castro vai a um curso de dinamarquês e cozinha para ele e Sofia.

Depois de uma visita a Tivoli passam uma noite apaixonada num hotel. Depois dormem juntos na casa de Sofia para desagrado dos amigos políticos de Sofia. O Castro não quer problemas e durante a semana fica em casa dum amigo que mora em Helsingør, mas passa os fins-de-semana com a Sofia.
O ex-marido aparece e agride ao Castro. A Sofia chega com a policia, e o Castro que teme pela sua vida volta a Paris embora a Sofia lhe peça ficar com ela. Necessita-o porque o Francisco é muito agressivo o os amigos portugueses estão com ele.

No comboio para Paris o Castro percebe que é um inconstante que não quer enfrentar escolhas difíceis. Em Paris, o Castro arranja trabalho e um dia a Sofia chama a sua porta. Amam-se apaixonadamente, e ela procura trabalho.
Mas a Laura sai da prisão e vem a Paris. As duas mulheres encontram-se num parque para falar (o Castro prefere não intervir). A Sofia volta para Dinamarca. Agora Laura, a filha e o Castro podem viver em Paris onde a Laura procura trabalho e habitação como porteira.

O Castro regressa a Portugal em 1974 e poucos anos depois fica ministro de finanças com o novo regime.
O Álvaro casa com a Sofia, e ele não sabe se ainda é amigo do Castro.

O ESTILO DO LIVRO

O autor, Carlos Pereira da Silva, é actuário, especialista em finanças, seguros e pensões. Publicou livros científicos e também um outro livro de ficção sobre a emigração: “Lisboa, Paris e Volta ao País da Saudade”.
Em “Um Café em Copenhaga” trata os temas da emigração e do exílio num momento decisivo para Portugal. Compara a maneira de tratar os emigrantes em França versus em Dinamarca.
O protagonista, Castro, exemplifica o filho de classe média alta relacionada com o regime; o Castro elege estudos que pudessem assegura-lhe uma boa carreira politica. O cambio radical de 1974 não impede que fique ministro. Em amores é um egoísta sem coragem.
Há dois outros personagens masculinos: Álvaro e Francisco. Francisco é simplesmente um chauvinista masculino brutal. Só Álvaro, o narrador, tem compreensão pelas mulheres e sabe apreciar a Sofia.
As três mulheres estão pintadas de cores idílicas, são ninfas, fadas, sireias, … É verdade que a Rosalie pertence a uma banda de terroristas, mas também é uma mulher simpática e honesta segundo o seu próprio código de honor.
Não pode dizer-se que o autor tenha grandes dons estilísticos. Usa uma linguagem quase pedante, com descrições exactas, mas falta de sensibilidade emocional. São bastante malogradas as passagens de lirismo, erotismo e psicologia.
Não obstante, é interessante ler o livro como testemunho duma geração que viveu o cambio da sociedade portuguesa nos anos 1970, e descreve a vida dos emigrantes portugueses com muitos detalhes interessantes.

Leave a Reply

You must be logged in to post a comment.

SØG

  • På cykel i Extremadura i 18959. January 2025
    I foråret og sommeren 1895 cyklede Fanny Bullock Workman sammen med sin mand, William Hunter Workman turen Spanien rundt, i alt 4.500 km. Ægteparret havde foretaget mange rejser i Europa,...
  • NYTÅRS-NYT30. December 2024
    Her i juleferien sidder jeg i Ringsted og studerer Extremadura-dagbladet HOYs internet-udgave.Der bringes minsandten nyt om Kong Frederik og dronning Mary af Danmark: de har været på privat besøg i...
  • Tyrens lod16. May 2024
    Den 15. maj er San Isidro‘s dag i Spanien. San Isidro labrador er landmændenes skytshelgen og dyrkes mange steder i Spanien – såmænd også i hovedstaden Madrid, hvad der naturligvis...
  • Litteratur-perler14. February 2024
    LÍDIA JORGE er en af Portugals store skikkelser inden for litteratur og samfundsdebat. Nogle af hendes væsentlige temaer udfoldes igennem tre fortællinger, som jeg har oversat og udgivet på dansk. I...
  • Olivenhøst
    En OLIVEN-HISTORIE2. October 2023
    I Dagbladet HOY fortæller José Ramón Alonso de la Torre om sin far, der blev født i 1931 i Asturien i det nordlige Spanien. Det vil sige, at han var...
  • Efter branden25. June 2023
    For en måned siden skrev jeg om en voldsom og omfattende naturbrand, som fra d. 17. til d. 20. maj hærgede store områder i las Hurdes og Sierra de Gata....

botanik børn civilisation cordel corona virus covid19 entreprenør Eva Kvorning første verdenskrig gastronomi granater historie humor hustruvold hygiejne Isak Dinesen Islands Brygge Karen Blixen klima kunst litteratur Lídia Jorge maleri menneskeret Mia Couto naturbrand oprydning Out of Africa Porto portræt relikvie renovation self-made man selvstændig Serengeti skovbrand socialpolitik Spanien studenterkørsel tradition trafik Ungarn vandforsyning virus våbenindustri

© 2025 IBERIANA | Powered by Minimalist Blog WordPress Theme